Ep. 006 - Guilherme Pires e o mundo da tradução, da edição... enfim, do livro

O meu convidado desta conversa é Guilherme Pires.

Para um podcast sobre livros o Guilherme é um excelente convidado, pela diversidade do seu percurso.

 

Porque ele é editor.

É um dos fundadores da editora Caixa alta e já trabalhou em editoras como a Vogais, a Elsinore ou a Bazarov, de que foi coordenador editorial.

É tradutor. Do inglês para português e do espanhol para português.

Já traduziu autores como o George Orwell, Silvina Ocampo, Eduardo Galeano ou Juan Gabriel Vásquez.

É autor. Escreveu a biografia de Nadir Afonso e um livro de contos curtos chamado Histórias Daninhas.

É também revisor e, para fazer o pleno, é ainda paginador.

Vamos falar sobre a sua editora Caixa alta, vou perguntar-lhe o que acha da carta aberta que circulou recentemente que chama a atenção para uma prática de algumas editoras que recorrem à inteligência artificial para fazerem traduções. Vou querer saber como ele vê o sector do livro, os hábitos de leitura dos portugueses… e depois vamos ver por onde nos leva a conversa.

No final, deixo-vos um excerto da leitura e interpretação do Ivo Canelas do livro Estes ventos negros, de João Narciso, um livro e audiolivro editado pela Caixa alta.

Oiça o episódio na íntegra:

23€

576 págs.

Este é um livro singular e irrepetível, fruto do olhar sensível e atento, quase íntimo, de Maria Antónia Fiadeiro — jornalista de prestígio, pioneira da imprensa escrita portuguesa do pós-25 de Abril e dos estudos femininos em Portugal — sobre o trabalho e a vida de pioneiras, artistas e artesãs portuguesas cujo percurso é fundamental para compreender o espaço e o papel da mulher na história recente do país.

Artistas, Artesãs, Pioneiras é composto por quase cem entrevistas a personalidades como Ana Salazar, Lourdes Castro, Maria Mendes, Teté (Teresa Ricou), Hélia Correia, Luísa Dacosta, Graça Morais, Maria Antónia Palla, Paula Rego, Maria Gabriela Llansol, Maria Velho da Costa, Lídia Jorge, entre muitas outras. Inclui também conversas com pioneiras anónimas em áreas recentemente abertas à participação feminina, como Cândida Pala Alves, a primeira carteira portuguesa, ou Ilda Moura, a primeira meteorologista em Portugal.

As entrevistas foram realizadas entre 1982 e 2008, e publicadas originalmente em meios como o Jornal de Letras, Artes e Ideias, o Diário de Notícias, o Diário de Lisboa ou as revistas Máxima e Casa & Decoração.

A obra inclui, como abertura, uma entrevista inédita à autora, realizada por Francisca Gorjão Henriques em Janeiro de 2020, e encerra com um texto autobiográfico, publicado em 1987 no Sábado Popular (futuro Diário Popular), sobre a experiência de Maria Antónia Fiadeiro durante o seu exílio no Brasil.

12€

A poesia de Penélope Escreve a Ulisses diz-nos do amor e do desejo, do vagar e do sobressalto, das ilusões, das memórias de infância. É o livro inaugural da colecção LetradeMáquina, cujos livros são integralmente batidos à máquina de escrever.

13€

Concisos, sempre pungentes, nos poemas de caderninho há nostalgia, insurreição, amor, abismo, ironia, felicidade, solidão; são reflexões sobre poética e língua, política e ideologia, paternidade e infância. É o segundo volume da colecção LetradeMáquina, cujos livros são integralmente batidos à máquina de escrever, e nasceu de uma Erika 5 vermelha, de 1931, pertença do editor.

12€

A pedra é mais bela que o pássaro
de Raquel Gaspar Silva

Contos que são terras raras, sangue, vida, morte, aroma a petricor, solo molhado após seca intensa. Narrativas curtas, mas de pavio duradouro.

10€

estes ventos negros, de João Narciso, é um relato ficcional da solidão, murmurado pela voz sombria dos tempos que vivemos, da pandemia; um relance possível daquilo que nos está a acontecer. A edição em papel foi acompanhada de um audiolivro

15€

Romance breve ou novela, Um Pássaro no Arame, de Manuel Alberto Vieira, é um livro sobre a face escura da infância e que deixa o leitor ante um abismo em que se adivinham actos de profunda violência, do qual surgem ecos e se vislumbram relâmpagos, mas o caminho é apenas um: em diante, sem evitar a violência nem nela mergulhar.

 
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